quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Em 4 bilhões de anos, colisão com a galáxia de Andrômeda acabará com a Via Láctea

Quando isso acontecer, o corpo galáctico resultante deverá ser elíptico em vez do conhecido formato espiral da nossa galáxia, diz estudo

Imagem da galáxia de Andrômeda gerada a partir de informações captadas pelo telescópio americano WISE em fevereiro de 2010
magem da galáxia de Andrômeda gerada a partir de informações captadas pelo telescópio americano WISE em fevereiro de 2010. Ela é uma galáxia espiral como a Via Láctea. A colisão entre as duas resultará em uma galáxia elíptica, de formato avolumado (Nasa)

Em quatro bilhões de anos, pouco menos do que se passou desde a criação da Terra, a Via Láctea deixará de existir. Pelo menos na forma como ela é conhecida hoje. A galáxia caminha para uma inevitável colisão com Andrômeda, uma galáxia quase do mesmo tamanho que a nossa, situada a 2,5 milhões de anos-luz de distância. 

Quando isso acontecer, o corpo galáctico resultante deverá ser elíptico em vez do conhecido formato espiral da Via Láctea, segundo os cálculos dos astrônomos Roeland van der Marel e Sangmo Tony Sohn, do Space Telescope Science Institute, em Maryland, nos Estados Unidos.  Os resultados serão publicados no periódico americano Astrophysical Journal.

Uma única galáxia — Os pesquisadores chegaram a tal conclusão depois de fazer uma análise meticulosa da posição de Andrômeda entre 2002 e 2010, usando dados do telescópio Hubble. Andrômeda é galáxia espiral mais próxima da Via Láctea.

Há décadas cientistas sabem que Andrômeda está se aproximando da Via Láctea (a uma velocidade de 110 quilômetros por segundo) e que eventualmente elas entrariam em colisão por causa da força da gravidade. Contudo, como os astrônomos só conseguiam medir a velocidade da galáxia distante em relação ao plano visível a partir da Terra, ninguém sabia se o encontro futuro seria uma grande fusão ou uma passagem 'de raspão'.
Com a precisão do Hubble, os astrônomos conseguiram as informações que faltavam para entender o movimento de Andrômeda. Ao calcular que a velocidade lateral da galáxia é muito menor que a velocidade na linha de visão com a Terra, a equipe de van der Marel mostrou que uma fusão entre a Via Láctea e Andrômeda é inevitável.

A simulação mostra que as duas galáxias vão se encontrar em quatro bilhões de anos. Nos dois bilhões de anos seguintes, elas vão formar uma única galáxia.

Expulsos de casa - De acordo com os astrônomos, a colisão entre a Via Láctea e Andrômeda certamente ejetará o Sistema Solar para fora da posição atual, a 26.000 anos-luz do centro da galáxia. As simulações mostram que há 10% de chance de o Sol ser exilado para mais de 160.000 anos-luz distante do novo centro galáctico, para uma região remota e gelada.



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